sábado, 11 de agosto de 2012

Artigo - "Filho de peixe, peixinho é!"

Por Túlio Marcos*

A politica te entristece e te alegra ao mesmo tempo, ela tem muitas particularidades que não encontramos em outras ciências. Alguns a odeiam, outros a amam, algumas pessoas entende de politica enquanto outras são dominadas por ela. Considero que o maior grupo são os que se beneficiam dela, como os postulantes aos cargos públicos que se beneficiam de algum nome para avalizar sua campanha  “vote no leãozinho filho de leão” ou “você que votava no avô agora vote no neto”. 

Tudo bem, somos um país democrático e todos tem o direito de se candidatar, entretanto deveríamos ver a eleição como um merecimento, algo construído e planejado ao invés de ser uma roda familiar.

Antigamente no período dos grandes reis e mais longe ainda na época dos faraós, a eleição era garantida pelo simples fato da primogenitura, ou seja, o primeiro filho era o futuro postulante ao trono, não era preciso fazer nada, nenhum trabalho pelo povo ou até mesmo estudar para tal, o que garantia a eleição era a morte do atual governante. Hoje isto não acontece com frequência, somente em lugares remotos, basta dizer que a própria Grã-Bretanha que é conhecida pelas coroações de reis não se vale mais deste feito para governar a sua nação. 

Na politica vemos algo semelhante, como já mostrei acima, muitos candidatos que hoje disputam cargos no país adotam nome ou sobrenomes conhecidos para dar um empurrãozinho ou até mesmo atropelar na campanha. Isto deve ser visto com muito cuidado, não estou falando para votarem ou deixarem de votar em alguém, apenas quero dizer que um candidato deve merecer chegar lá, tem que mostrar serviço e provar que já fez ou vai fazer um bom trabalho e não querer ser candidato para seguir uma tradição familiar. 

Vou citar um exemplo; Roseana Sarney desde 1994 já foi três vezes governadora do Maranhão e não fez praticamente nada de construtivo para o seu estado onde os índices de qualidade de vida pioram a cada ano. Faço uma pergunta, se o seu nome fosse Roseana Silva, será que tinha sido eleita? Este é o ponto onde quero chegar, como já disse antes o cargo público é um merecimento, não é um pacote familiar, partidário ou de indicações aprazíveis.  Temos um grande problema com nossas escolhas na hora de votar, uma decisão bem tomada leva a muitas outras decisões bem tomadas, mas uma decisão pela cara, beleza ou familiaridade derruba uma nação.

# Texto escrito e publicado em seu Blog pelo professor Túlio Marcos (foto), de Icó (CE). Ele é professor de Física na Escola de Ensino Médio Vivina Monteiro. É ainda tecnólogo em Mecatrônica Industrial formado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
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